09 abril 2025

Diagnóstico precoce é essencial para o tratamento da Doença de Parkinson

Imagem: Reprodução
No dia 11 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de alertar a população sobre os sinais e sintomas da doença, a importância do diagnóstico precoce e as opções de tratamento que garantem mais qualidade de vida aos pacientes.

 

A Doença de Parkinson é uma enfermidade degenerativa do sistema nervoso central, sem cura conhecida, que afeta principalmente pessoas acima dos 65 anos. No Brasil, estima-se que cerca de 500 mil pessoas convivam com a condição e estima-se que em 2060, aproximadamente 1,25 milhão de pessoas possuam a doença. Tremores de repouso nas mãos, lentidão nos movimentos, rigidez nas articulações e desequilíbrio são alguns dos principais sintomas motores. Além deles, sinais não motores, como alteração do sono, depressão, mudanças na escrita, diminuição do olfato e distúrbios intestinais também podem indicar a presença da doença.

 

Segundo o neurocirurgião Dr. Thiago Rocha (CRM 6233-RN), o diagnóstico precoce é um dos principais aliados no controle dos sintomas. “O diagnóstico precoce é importante para que a doença impacte menos na qualidade de vida do paciente. E nos casos refratários ao tratamento medicamentoso, a cirurgia não pode ser postergada, pois ela faz parte do arsenal terapêutico que pode ajudar esses pacientes”, explica.

 

Entre os avanços no tratamento, destaca-se a cirurgia de estimulação cerebral profunda, conhecida como DBS (Deep Brain Stimulation). “É um procedimento seguro, eficaz e, que pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Consiste na implantação de eletrodos no cérebro, conectados a um marca-passo que modula áreas específicas e reduz os sintomas da doença”, destaca Dr. Thiago Rocha. Ele ressalta que os equipamentos atuais são mais modernos, com eletrodos direcionais e geradores inteligentes, que adaptam a estimulação conforme a necessidade diária do paciente.

 

Outra técnica recém-chegada ao Brasil é o HIFU (High Intensity focused ultrasound), um tipo especial de ultrassom que permite fazer lesões em alvos cerebrais específicos, sem necessidade de cortes, permitindo o controle dos sintomas motores, afirma o neurocirurgião, Dr Thiago Rocha.

 

O diagnóstico é, na maioria, clínico, mas pode ser complementado com exames, como ressonância de encéfalo e SPECT com Trodat. Após a confirmação da doença, o tratamento deve ser multidisciplinar. Além de medicamentos – oferecidos gratuitamente pelo SUS por meio do Programa de Medicamentos Excepcionais – os pacientes também podem contar com programas de reabilitação que incluem fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, além de suporte psicológico e familiar.

 

Apesar de não haver cura, o controle dos sintomas e a melhora da qualidade de vida são possíveis com o diagnóstico precoce, acompanhamento médico contínuo e adesão ao tratamento.

 📌Lembre-se: higienize as mãos sempre que necessário com água e sabão ou álcool em gel

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