Prisão e contradições do suspeito
Desde o momento da descoberta do corpo, José Ailton demonstrou comportamento frio e negou qualquer envolvimento no crime. Ele chegou a conceder entrevistas afirmando desconhecer o que teria acontecido e sustentando que apenas encontrou a esposa sem vida. No entanto, ao longo dos questionamentos, tanto da imprensa quanto da Polícia Civil, entrou diversas vezes em contradição.
A Polícia Civil, comandada pelo delegado Dr. Valério, determinou a prisão do suspeito ainda no local do crime, devido às inconsistências no depoimento e ao cenário encontrado na residência. Segundo os investigadores, o corpo de Beta apresentava sinais claros de violência, incluindo um corte profundo no pescoço e uma lesão na testa.
Exames periciais no ITEP
Na manhã desta sexta-feira (21), José Ailton foi conduzido à sede do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) em Mossoró, onde passou por exames periciais. Os procedimentos têm o objetivo de identificar vestígios da vítima no corpo do suspeito e vice-versa.
Outro detalhe que chamou atenção dos investigadores foi um ferimento na cabeça de José Ailton, que se assemelha a uma arranhadura, possivelmente causada por unhas. A suspeita da polícia é que Beta tenha tentado se defender do agressor antes de ser morta.
Decisão judicial e conversão para prisão preventiva
Após os exames, José Ailton foi transferido para a Cadeia Pública de Caraúbas, onde passou por audiência de custódia por volta das 13h30. O juiz de direito plantonista, Renato Vasconcelos Magalhães, entendeu que as provas coletadas até o momento são suficientemente robustas para manter o suspeito preso e, por isso, converteu a prisão em flagrante para preventiva.
Trecho da decisão judicial destaca:
“Expeça-se o competente mandado de prisão com registro no sistema do Conselho Nacional de Justiça.”
Além disso, o documento ressalta:
“Pelo exposto, homologo a prisão em flagrante delito lavrada em desfavor de José Ailton de Carvalho, pela suposta prática do delito previsto no artigo 121-A do Código Penal e converto em preventiva, com arrimo no artigo 310, inciso II do CPP.”
A decisão reforça o entendimento de que há elementos suficientes para manter o suspeito preso enquanto a investigação prossegue.
Próximos passos
Com a conversão da prisão para preventiva, José Ailton permanecerá detido na Cadeia Pública de Caraúbas à disposição da Justiça. A Polícia Civil seguirá coletando mais provas e ouvindo testemunhas para consolidar o inquérito.
Da redação - Assú Notícia
📌Lembre-se: higienize as mãos sempre que necessário com água e sabão ou álcool em gel
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