No passado, a ideia de crianças brincando na porta de casa parecia sinônimo de uma infância saudável. Atualmente, é motivo de preocupação para muitos pais. O aumento da criminalidade e de confrontos nas ruas torna o ambiente externo cada vez mais hostil para crianças e adolescentes, limitando suas oportunidades de lazer fora de casa.Imagem: reprodução
Nesse contexto, a televisão se consolida como um instrumento importante de auxílio às mães de menor renda, oferecendo conteúdo educacional gratuito e seguro para as crianças, ao mesmo tempo em que proporciona um ambiente controlado em comparação com as ameaças do mundo exterior.
Para Simone Lavorato, pedagoga doutora em Educação e psicóloga especialista em Neurociência e Aprendizagem, o uso da TV como “rede de apoio” nesse contexto é visto com bons olhos, desde que exista um filtro da programação escolhida pelas crianças. “No caso das famílias de menor renda, a gente sabe que às vezes a única coisa que a mãe pode oferecer para manter a criança dentro de casa é a televisão. Como cuidado, é ideal escolher um programa que realmente tenha um conteúdo que vá contribuir para o desenvolvimento da criança, e que seja adequado para a idade. Por isso, a companhia de um adulto também é importante para monitorar o que a criança está assistindo”, explica.
Na nova parabólica digital, desenhos e outros programas educativos, voltados para crianças e adolescentes, estão distribuídos entre os mais de 80 canais disponíveis. Peppa Pig, Galinha Pintadinha, Tom & Jerry, Detetives do Prédio Azul e muitos outros personagens preferidos da garotada estão lá. Além de programas como o “Inglês com música”, na TV Cultura, que ensina a língua inglesa de uma forma descontraída. Ou o famoso Vila Sésamo, que traz temas como alfabetização, matemática e convivência social para crianças em idade pré-escolar.
Lucinete Costa Ferreira, moradora da comunidade Bons Amigos, na zona rural de Manaus, mãe de uma menina de quatro anos, tem a programação infantil de TV como uma das únicas fontes de entretenimento para a pequena. “Esse é um momento em que me divirto muito. Como moramos distante de Manaus e não temos muitas opções de lazer, a TV é ótima para passar o tempo”, comenta Lucinete.
Já Francisca Oliveira, que vive em Rio Branco, no Acre, utiliza a TV como uma forma de aproximação com os filhos de 6, 11 e 13 anos, enquanto avalia de perto o conteúdo da programação. “Assistir à TV é um dos programas preferidos deles, principalmente os mais novos, de 06 e 11 anos. Eu gosto muito porque também tive esse costume quando era criança”, afirma.
📌Lembre-se: higienize as mãos sempre que necessário com água e sabão ou álcool em gel
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