Entre crimes ocorridos nos governos do casal Martins, estão fraudes, lavagem de dinheiro, peculato e improbidade administrativa
Imagem: reprodução |
Conforme o Ministério Público do Rio Grande do Norte, os principais alvos das investigações são o casal Genival Martins e Rita de Melo Martins, ambos ex-prefeitos do município entre os anos de 2005 e 2012 e de 2017 a 2018, respectivamente. Além deles, uma filha do casal, a ex-secretária municipal de Tributação, Natália Martins, também está sendo investigada por participação em alguns dos crimes listados.
Segundo o Ministério Público, o esquema fraudulento que deu início às investigações se baseou na ausência de movimentações financeiras nos pagamentos dos tributos municipais. Especialmente após a instalação da indústria eólica na região, os impostos deveriam ser pagos por meio bancário, com os créditos circulando nas contas públicas. No entanto, durante as gestões de Genival e Rita Martins, isso não ocorreu conforme o esperado.
As investigações revelaram que os valores dos impostos eram pagos em dinheiro vivo na Secretaria Municipal de Tributação e que esses pagamentos eram registrados de forma irregular em um livro caixa, onde os valores eram simplesmente “baixados”. A fraude ganhou proporções ainda maiores ao envolver transações suspeitas em agências do Banco do Brasil, o que levou o caso a adquirir caráter federal.
O município de Parazinho, com aproximadamente 4,8 mil habitantes, foi administrado por Genival Martins entre os anos de 2005 e 2012. Rita de Melo Martins, por sua vez, foi eleita prefeita no pleito de 2016, mas teve seu mandato cassado em março de 2018, sob acusação de abuso de poder e captação ilícita de sufrágio (compra de votos).
O caso envolvendo a família Martins é considerado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte como um dos maiores escândalos já registrados na administração pública do Rio Grande do Norte e as investigações continuam em andamento.
FILHA NA MIRA DO MP
Em meio às investigações do MP, surgiu o nome de Natália Martins, filha dos ex-prefeitos, que ocupou o cargo de secretária Municipal de Tributação durante a gestão de sua mãe, Rita Martins. Conforme o relato de testemunhas, nas investigações, era a responsável pelo recebimento dos valores, bem como responsável pela destinação dos recursos.
Após a cassação do mandato de sua mãe, a então secretária não conseguiu explicar nem prestar contas do recebimento em espécie de R$ 2 milhões de reais, realizando a devolução do valor de apenas R$ 3 mil reais, que estavam em seu poder.
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