A ação foi apresentada pela advogada Flávia Fróes, presidente do Instituto Anjos da Liberdade, que trabalha pela garantia dos direitos humanos para detentos. O documento alega que o acesso às imagens das câmeras comprovará que houve, de fato, uma fuga, e que Rogério e Deibson não foram mortos dentro da prisão.
O documento cita como argumento a morte do traficante Elias Maluco, que morreu em 2020 no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. A administração da penitenciária alegou que Elias Maluco cometeu suicídio, mas a versão é contestada pela família dele até hoje na Justiça.
A advogada Flávia Fróes disse que “enquanto não houver prova de vida, os familiares podem acreditar em qualquer coisa”. Fróes disse ser “inaceitável” que um presídio federal não tenha imagens da fuga de dois detentos.
O corregedor da penitenciária de Mossoró, Walter Nunes, disse, em entrevista à Globonews nesta quinta-feira (15/2) que “os presos saíram da cela e saíram andando por dentro da unidade prisional sem que tivessem sido detectados pelas câmeras”.
“Mas não é que não foram detectados pelas câmeras. Temos imagens, já se sabe que tem imagens. Mas não foi identificado que ali estava uma pessoa fugindo da unidade prisional”, afirmou.
Entretanto, segundo o corregedor, parte das câmeras de segurança não estavam funcionando no momento da fuga. O corregedor não detalhou quantas câmeras estavam operando e informou que os presos não são filmados dentro das celas.
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