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Uma das obras de infraestrutura mais importantes do Rio Grande do Norte, a duplicação da BR-304 até a divisa do Ceará já possui a empresa que vai elaborar todo o planejamento e projeto. O custo total deve chegar perto dos R$ 3 bilhões.
A rodovia corta o RN e liga as duas principais cidades do estado, Natal e Mossoró.
Pela relevância da BR-304, a possibilidade de ela se tornar duplicada gera expectativa em vários segmentos, como o setor salineiro, que é responsável pela produção de 95% do sal consumido no país. Parte do produto é escoada pela rodovia federal. Renato Fernandes, diretor executivo do Sindicato da Indústria de Moagem e Refino de Sal do Estado do Rio Grande do Norte (Simorsal), destacou que o setor movimenta "em termos de sal produzido no Rio Grande do Norte, entre 7 e 8 milhões de toneladas/ano".
"Essa duplicação vai nos proporcionar um maior fluxo de carga, maior agilidade, vai nos tornar mais competitivos", reforçou.
A fruticultura irrigada também pode se beneficiar dessa duplicação. "Tem sido sempre uma grande barreira o escoamento da fruta pela BR-304 no sentido Natal. Muita morosidade, as companhias que transportam os nossos produtos têm demonstrado cada vez mais insatisfação", relata Fábio Queiroga presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do RN (COEX).
"Enquanto um equipamento consegue levar nossa fruta para Fortaleza num período de três a quatro horas, praticamente o mesmo percurso para Natal pode demorar até sete horas", completou Fábio.
Em março, a governadora Fátima Bezerra se reuniu com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e deputados da bancada federal do RN em Brasília.
A novidade neste processo é que já foi definida a empresa que vai elaborar o planejamento e projeto para execução da obra, que foi dividida da seguinte forma: dois trechos com quatro lotes de aproximadamente 70 km. Serão, no total, 289 km da Reta Tabajara, em Macaíba, até a divisa com o Ceará. A obra está orçada em R$ 2,8 bilhões, "o que de fato se prenuncia que ela será executada por etapas", conforme explicou o secretário estadual de Infraestrutura, Gustavo Coelho.
"O que nós esperamos, na verdade, é que em 2024 ela seja iniciada, e, se possível, concluída até o final do governo do presidente Lula (2026)", falou o secretário.
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