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No Brasil, a epilepsia atinge 1,5% da população. Portanto, em torno de 3 milhões de pessoas no país apresentam a doença. Desse número, aproximadamente 1 milhão de pessoas apresentam a forma refratária da doença, ou seja, fazem uso de 2 medicamentos antiepilépticos, mas não conseguem o controle adequado das crises. Quando isso acontece, o impacto na qualidade de vida, nas atividades laborativas, relações familiares e pessoais desses pacientes pode ser devastador, afirma o neurocirurgião Dr Thiago Rocha.
A epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro, que são recorrentes e geram as crises epilépticas. Para considerar que uma pessoa tem epilepsia, ela deverá ter repetição de suas crises epilépticas.
A epilepsia não tem cura, mas a maior parte das epilepsias vai ficar totalmente controlada com medicação, assim como a maioria das doenças crônicas, tais como colesterol alto, diabetes, hipertensão. Você não cura essas doenças, mas consegue controlá-las e ter uma vida normal. Há tratamentos eficazes, que permitem que a pessoa enferma siga vida normal, na grande maioria dos casos.
A medicina tem avanços importantes no tratamento da doença. “Os pacientes que não respondem ao tratamento clínico, devem ser referenciados para uma avaliação pré-operatória de maneira precoce a fim de evitar que os efeitos deletérios da doença prejudiquem a vida dessas pessoas. O objetivo da cirurgia de epilepsia é deixar os pacientes que são refratários livres de crises ou pelo menos reduzir a frequência dessas crises, melhorando assim a qualidade de vida e reduzindo o impacto trazido pela doença.” afirma o neurocirurgião, especialista em cirurgia de epilepsia, Dr. Thiago Rocha.
A seleção adequada de um paciente para a cirurgia de epilepsia inclui preceitos básicos que são a determinação da refratariedade clínica aos medicamentos antiepilépticos, a provável localização do foco epiléptico, que é a região cerebral onde ocorre a geração das crises epilépticas, o impacto da epilepsia na vida do paciente e a motivação do paciente para ser operado. “O objetivo da cirurgia não é a retirada dos medicamentos antiepilépticos, porém isso pode ocorrer, de maneira cautelosa, após 2 anos do pós-operatório, se o paciente durante esse período não apresentar novas crises e os eletroencefalogramas durante o acompanhamento apresentarem resultados normais” relata Dr. Thiago Rocha.
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