Fortes apresentações musicais em consonância com a natureza brindaram a edição 2022 no local
Foto: Anna Jéssica |
Um misto de vivências culturais, formação, trocas musicais e shows em uma vibe única e que só o Fest Bossa & Jazz proporciona, movimentou o comércio local desde o primeiro dia, lotando bares, restaurantes e pousadas da região. “Um Festival maravilhoso com um público super envolvido! Conseguiu deixar a cidade ainda mais linda, com um movimento surpreendente, pouco visto nesta época do ano. Fator que agrada e muito, nós, comerciantes e empresários no geral”, comenta Caio Wolf, proprietário de empreendimentos no local e parceiro do Fest na edição.
Para anunciar o evento, a tradicional Bossa & Jazz Street Band saía em cortejo pela avenida principal chamando para as demais atrações. A quinta-feira (13), foi de abertura, no line-up, a Jazz Street Band e, logo depois, a cantora Simona Talma. Na sexta-feira (14), com todos os shows no Palco Praia da Xêpa, o primeiro nome, Dudu Lima Trio convida Wagner Tiso, ativou memórias do público com o repertório em homenagem aos 50 anos do Clube da Esquina. Em seguida, quem soltou a voz foi Valéria Oliveira, trazendo clássicos do samba, ao lado do multi-instrumentista, Jubileu Filho, e do percussionista, Kalliney Silva. O trio conduziu o público em um só coro e muito samba no pé. E, para fechar a sexta-feira, Emily Braden & Misha Piatigorsky cativaram a plateia com canções do tradicional straight ahead jazz e do soul mostrando que o estilo também se toca na praia.
No sábado (15), o Festival preparou opções para o dia inteiro. No Polo Sunset Idílico teve Glay Anderson & The Black Stars; e a mossoroense Dayanne Nunes com o Tributo à Elza Soares. Já a noite, que também guardava grandes expectativas, e que foram superadas, subiu ao Palco Praia da Xêpa, a Femme Jazz - um combo de música instrumental 100% feminino; em seguida, a cantora potiguar radicada na cidade de Nova Iorque, Liz Rosa ao lado de Benny Benack III, com repertório cheio de novos arranjos, escritos pelo pianista norte-americano Misha Piatigorsky, para clássicos da MPB e do Jazz como “Samba de uma nota só” e “The shadow of your smile”. Fechando o sábado, o cantor, compositor e guitarrista, Wilson Sideral, cantando pela primeira vez no RN, trouxe o show “Tropical Blues”, mesmo trabalho apresentado no Rock in Rio deste ano. Entregando tudo, com clássicos da música brasileira em versões blues, levantou o público, que entoou em uma só voz do início ao fim, e ainda protagonizaram momentos emocionantes, com lanternas acesas, abrilhantando o encerramento da noite.
No último dia (16), o Festival se despedia junto ao pôr do sol, no Polo Jack Sparrows, com Tributo a Elza Soares, na voz de Dayanne Nunes; e encerramento com a banda Parahyba Ska Jazz Foundation, que teve um gostinho de Jam Session, com a envolvente troca musical e participação improvisada de Emily Braden cantando “Three little birds”, de Bob Marley.
A edição, realizada em formato híbrido, com três polos diurnos espalhados pelo vilarejo, e um palco montado nas areias da Praia da Xêpa, além das tradicionais Jam Sessions no final das noites, agradou ao público. “Fiquei bem emocionado com essa edição em Gostoso. Sou muito adepto da ideia de ter a liberdade de estender uma canga na areia, colocar uma cadeira, curtir um mega show como foi o de Wilson Sideral, por exemplo. Tudo de maneira gratuita e com alta qualidade técnica e artística. O encerramento do domingo no Jack Sparrow, com aquele pôr do sol de brinde, só aguçou ainda mais a vontade de voltar no próximo ano”, relata o natalense que é fã do Festival, Kleyton Campos. O casal Robson e Clemira Santos, que estavam na cidade com amigos e familiares, foram surpreendidos com a grandiosidade do Fest. “Um evento que envolve turistas, moradores e artistas de forma harmoniosa, em um espaço livre e acolhedor. A gente percebe que traz pontos positivos à cidade, não só para o turismo, mas para o âmbito cultural também”, comenta.
Para a organizadora do Fest Bossa & Jazz, a edição surpreendeu. “Tínhamos uma expectativa muito grande e ela foi superada. A cidade estava lotada, o público compareceu em massa, desde o primeiro dia. Recebemos vários feedbacks positivos dos moradores e empresários impressionados com a movimentação por todo o vilarejo. Quanto à estrutura, conseguimos montar um imenso palco na Praia da Xêpa e charmosos palcos nos polos, sempre com acesso ao pé na areia e o contato com a natureza. Outro ponto que nos deixou satisfeitos é que fomos assertivos com a grade artística que agradou em cheio aos que já conheciam o Festival e também aos novos públicos. A interação, artista e plateia, durante as apresentações, eram de arrepiar”, expõe Juçara Figueiredo, idealizadora do evento, que acrescenta “Que venha 2023, pois já estamos com o projeto a todo vapor”. E, Luciano Prates, curador artístico do Fest, comenta que apostaram em um line-up para agradar a todos, sem fugir da essência que é o Fest Bossa & Jazz. “Aproximamos o povo dos estilos, que na maioria das vezes, parecem mais distantes, quando na verdade, fazem parte do dia a dia, da história. Os artistas ficaram encantados, se entregaram e o público retribuiu com maestria”, acrescenta Luciano.
No turismo, o momento é de ascensão. “Eventos como o Fest Bossa & Jazz são vias importantes no incremento à economia de forma geral e de extremo valor para o RN, principalmente após anos pandêmicos, nos quais o turismo foi bastante impactado com tantas restrições. E diante de projetos como esse, temos a dimensão da necessidade de fomentá-los, cada vez mais, em prol da retomada econômica. Além disso, também é lindo ver a conexão do povo com o Festival”, comenta Bruno Reis, diretor presidente da Emprotur.
📌Lembre-se: higienize as mãos sempre que necessário com água e sabão ou álcool em gel.
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