Uma noite para o público vivenciar a força da música brasileira de concerto
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Com diversas premiações ao longo de sua carreira, Olinda possui álbuns inteiramente dedicados a obras de Villa-Lobos, Radamés Gnattali e Araújo Vianna, além dos trabalhos “Panorama Brasileiro”, “Valsas”, “pamPiano”, “Ébano e Marfim”, “Um piano na Esquina”, com obras de vários compositores. E participou de tantos outros ao longo de sua jornada, incluindo uma gravação ao vivo do concerto de 24 de março de 1999, na Filarmônica de Berlim, como solista com a Orquestra Sinfônica Jovem de Charlottenburg, sob a regência de E. Mentges. Suas atividades incluem apresentações ao vivo, gravações, programas de rádios, atividades pedagógicas, colaboração em livros editados e jornais. Sem dúvida, Olinda Allessandrini irá abrilhantar o concerto, junto a OSRN.
Para o repertório da noite, ao desatar das cortinas, a Abertura da Ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes, que foi estreada em 1870, “obtendo sucesso tremendo”, comenta Linus Lerner e explica “essa ópera colocou o primeiro compositor brasileiro em projeção internacional e é baseada no mesmo tempo de ‘O Guarani’, de José de Alencar, com reverência a cultura ancestral indígena”. Além da conexão também com o próprio TAM, incialmente chamado de Teatro Carlos Gomes.
Seguindo o programa, o público vai poder ouvir a “Rapsódia Nazaretheana”, uma composição livre, com vários chorinhos, a partir das obras de Ernesto Nazareth – Alfred Hüllsberg. “Para essa, nós teremos a grande pianista, Olinda Allessandrini, ao qual já tive o prazer de tocar em um festival de Gramado, no Rio Grande do Sul”, apresenta o maestro Linus. A peça “Mourão”, de Guerra Peixe, compositor influenciado pela cultura nordestina e que expressava em suas obras essa vertente, também ecoará seus tons pelo Teatro, uma maneira de homenagear os festejos juninos.
Após, a OSRN interpreta Heitor Villa-Lobos, nas “Bachianas Brasileiras No.4”, uma suíte em quatro movimentos: Prelúdio (Introdução), Coral (Canto do Sertão), Ária (Cantiga), Dança (Miudinho). E, por fim, “Batuque – Série Brasileira”, de Alberto Nepomuceno. “É uma peça importante no cenário da música nacional, porque ela foi composta antes da abolição da escravatura e justamente estava colocando uma dança dos negros dentro da música erudita, ou seja, já fazendo uma reverência a importância da cultura negra no e do Brasil”, assimila Linus Lerner.
Também, no mesmo dia – 30 de junho, às 14h, a orquestra recebe uma turma de jovens dentro do “Programa Formação”. O ensaio aberto faz parte das ações formativas do projeto Movimento Sinfônico. Uma atividade que busca ampliar o acesso a formação artística para jovens do RN. Dedicado ao público de 13 a 17 anos, as instituições podem se inscrever para participar, através de solicitação prévia pelo email: orquestrasinfonicarn@gmail.com.
A Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte tem o Governo do Estado do RN como seu principal mantenedor, por meio da Fundação José Augusto. E a temporada 2022 é realizada através do projeto Movimento Sinfônico mediante iniciativa do Instituto Neoenergia, com patrocínio da Neoenergia Cosern e Lei Câmara Cascudo; conta com o patrocínio da Unimed Natal e é uma realização da OSRN, Fundação José Augusto e da MAPA Realizações Culturais, com apoio do hotel Wish Natal, restaurantes: La Cachette, Tábua de Carne, Camarões e Família Reis Magos, da G7 Comunicação e da Lado A Design.
📌Lembre-se: higienize as mãos sempre que necessário com água e sabão ou álcool em gel.
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