Projeto de lei será encaminhado pelo Executivo à Assembleia Legislativa para correção do Conselho Estadual de Política Energética (CEPE).
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A governadora também informou que enviará projeto de lei à Assembleia Legislativa para correção do Conselho Estadual de Política Energética (CEPE), instituído em junho de 2021. A ideia é incluir representantes da sociedade civil e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), com o diretor-geral, Leon Aguiar.
“Vamos criar uma comissão para que a gente possa dar continuidade a esse debate, independente das instâncias de natureza formal. Tenho orgulho de o Rio Grande do Norte ter esse potencial extraordinário de vento e de sol. O que nós temos que fazer é bom uso disso, essa discussão que vocês querem legitimamente é muito importante. O que queremos é exatamente compatibilizar o desenvolvimento com a preservação do meio ambiente”, declarou, após ouvir as entidades, articuladas pelo Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, representado por Maria das Neves Valentim, e pelo Serviço de Assistência Rural e Urbano (SAR).
O professor doutor do Departamento de Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Carlos Roberto Fonseca, apresentou uma série de sugestões durante o encontro, que também contou com a presença de parlamentares.
“A gente se deparou com problemas sociais e ambientais. Trouxemos algumas propostas para fazer um planejamento socioambiental, com uma série de oficinas em que todos os atores sociais estariam convidados”, destacou.
O planejamento territorial para conservação foi um dos pontos mais importantes apontados pelo especialista. A intenção é produzir um mapa de conservação e expansão do setor energético, a partir de oficinas metodológicas e de demandas sociais.
O pesquisador citou iniciativa semelhante iniciada em 2016 a nível federal, com a criação de unidades de conservação, e propõe que seja estabelecida algo similar na caatinga potiguar, com atenção redobrada à região do município de Cerro Corá, que tem espécies de aves ameaçadas.
As propostas técnicas foram formuladas também pelos professores doutores Eduardo Martins Venticinque, Adrian Garda e Mauro Pichorim, além da empresária do setor socioamental doutora Marina Antongiovanni.
Acompanharam a discussão os titulares Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), João Maria Cavalcanti, da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Silvio Torquato, e da Secretaria de Mulheres, da Juventude e da Igualdade Racial (Semjidh), Maria Luiza Quaresma Tonelli, e a secretária adjunta do Gabinete Civil, Socorro Batista.
Também estavam presentes os pesquisadores Moema Hofstaetter, Moisés Siqueira (Museu Câmara Cascudo), Diógenes Félix (Ceres-Caicó) e representantes do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (Seapac), da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Rio Grande do Norte (Fetarn) e Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Outros pontos discutidos foram como riscos à saúde, eventualmente provocados pelo funcionamento ininterrupto das torres, e interferência nas nascentes d’água, contratos das empresas com agricultores e impacto para comunidades pesqueiras, também com eólicas offshore (no mar).
📌Lembre-se: higienize as mãos sempre que necessário com água e sabão ou álcool em gel.
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