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“A gravidade do quadro descrito é inconteste e não poderia deixar de ser objeto de investigação imediata, aprofundada e elucidativa sobre os fatos e suas consequências, incluídas as penais”, diz trecho da decisão abrindo inquérito para investigar o ministro da Educação.
Ainda segundo a ministra, a investigação de Milton Ribeiro é indispensável: “Nos autos se dá notícia de fatos gravíssimos e agressivos à cidadania e à integridade das instituições republicanas que parecem configurar práticas delituosas.”
Em outro trecho da decisão, Cármen Lúcia diz que “o cenário exposto de fatos contrários ao direito, à moralidade pública e à seriedade republicana impõe a presente investigação penal como atendimento de incontornável dever jurídico do Estado e constitui resposta obrigatória do Estado à sociedade, que espera o esclarecimento e as providências jurídicas do que se contém na notícia do crime”.
“Defiro o pedido da Procuradoria-Geral da República e determino a instauração de inquérito em desfavor de Milton Ribeiro, Ministro de Estado da Educação, para apurar os fatos descritos, que indicam possível prática de crimes”, escreveu. A ministra ainda autorizou a tomada dos depoimentos do ministro, dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos e dos prefeitos que relataram pedidos de propina em troca da liberação de recursos do ministério.
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