Família de férias estava desaparecida desde sábado; região é atingida por fortes chuvas há vários dias
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A família estava desaparecida desde sábado, quando tentava ir de carro da cidade de Paula Cândido, no interior do Estado, para o Aeroporto de Confins, na Grande BH. Eles voltavam das férias para Aquidauana, em Mato Grosso do Sul, onde moravam. A informação foi dada pelo primo Ismael Alexandrino, secretário de saúde de Goiás, por meio das redes sociais.
Henrique Alexandrino, de 41 anos, Deisy Lúcia Alexandrino, de 40, e os filhos do casal Vitor, de 6, e Ana, de 3, foram encontrados mortos. Também morreu Geovane Vieira, de 42 anos, integrante da família. O carro da família havia sido visto pela última vez passando em um pedágio em Itabirito no sábado, às 15 horas.
"Infelizmente todos os cinco ocupantes não sobreviveram. Após passar no posto de pedágio de Itabirito, segundo relatos de familiares, o motorista, devido à interdição da BR-040, teria pegado um desvio pela região do Retiro do Chalé e teria sido atingido por essa onda de terra", disse o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros.
A BR-040 ficou interditada no fim de semana por causa do transbordamento do dique de uma mina. No fim da tarde desta segunda-feira, uma equipe da Polícia Civil estava na região do condomínio Retiro do Chalé, em Brumadinho, para apurar as causas do acidente.
"Nós nos encontrávamos às vezes nas férias. Ou na casa deles ou na minha casa, do meu falecido pai", contou ao Estadão Ismael Alexandrino, secretário de Goiás. "Ele (Henrique) era uma pessoa carinhosa, muito 'família', simples e educado." A última lembrança junto com o primo, segundo ele, foi na casa da tia, em Minas, comendo queijo e goiabada em um dia de chuva.
Henrique Alexandrino era secretário-Geral Adjunto da Subseção Aquidauana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e tinha cerca de dez anos na carreira. "Nossas sinceras condolências aos familiares neste momento de dor e que Deus possa confortar o coração de todos familiares", disse Bitto Pereira, presidente da seção sul-mato-grossense da Ordem.
Deisy Lúcia, por sua vez, era professora de Agronomia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Ela trabalhava havia seis anos na instituição, que a chamou, em nota, de "profissional de altíssimo nível".
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