A decisão foi tomada em reunião com presidentes estaduais da legenda. Segundo José Luiz Penna, Lula tem sinalizado para a formação de uma frente democrática para “derrotar o autoritarismo” do presidente Jair Bolsonaro (PL), o que torna o partido “francamente favorável” a um apoio ao petista.
“As conversas com Alckmin (para vice) mostram que ele quer montar uma frente democrática para enfrentar o ecocida (Bolsonaro). Ele está propondo não é a candidatura de um partido, ele se coloca numa candidatura de frente democrática, e isso passou a nos interessar”, disse Penna ao Broadcast Político.
Ainda segundo ele, o apoio a Lula e à federação vai ser oficializado em reunião da Executiva Nacional do PV, ainda sem data para acontecer. O presidente nacional da sigla também lamentou os rumos da terceira via, que, na avaliação dele, se tornou “muito reacionária”.
“Tenho que lastimar porque a terceira via ficou muito para baixo, uma coisa muito reacionária. Entre Moro e esses outros que estão na terceira via, ficou um cenário conservador.”
Sobre a federação partidária, Penna afirmou aguardar resposta do PT sobre se vai integrar a composição. “Esperamos que o partido esteja (na federação). Mesmo que não haja a federação com o PT, caminharemos juntos contra o autoritarismo”, declarou.
Em seu perfil no Twitter, o ex-deputado Eduardo Jorge, candidato à Presidência da República pela sigla em 2014, manifestou-se contra o anúncio. Ele disse que “nada neste sentido pode ser anunciado sem a obrigatória votação na convenção nacional do PV no próximo ano em junho de 2022. Há outras ideias para o PV nesta eleição”. Questionado sobre a discordância, Penna se limitou a dizer: “Toda unanimidade é burra”.
Jair Sampaio
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