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“Fizemos várias entrevistas com ele, e ele foi ótimo. A tática era perfeita: ‘Roberto, a gente só vai botar no roteiro o que você contar. O que você não quiser, não conta, simplesmente’. Ele, surpreendentemente, se abriu bastante. Disse a ele que, para fazer o projeto, seria importante que o personagem fosse humanizado. Ele já virou uma entidade. O cara tem que ser corneado, o cara tem que sofrer, e ele topou tudo isso. Meu compromisso era fazer o primeiro tratamento. Patrícia fez outras versões e agora não falta mais nada. Falta só o OK dele mesmo”, contou Nelson em entrevista a Washington Olivetto no podcast W/ Cast.
Nelson Motta revelou também que Roberto Carlos não teve problema em falar do acidente e que ainda detalhou como foi sua infância depois, até conseguir uma prótese, aos 14 anos.
“Roberto contou que com 13/ 14 anos ele não tinha nem uma prótese na perna. Era aquela calça com alfinetinho e a muleta. Ele ia para o colégio, brincava. Depois, o pai dele ouviu falar que no Rio havia um médico que fazia prótese. Ele foi lá com o pai, mas não deu em nada. No terceiro hospital que eles foram, ouviram falar de um médico alemão. Vai ver foi treinado em algum campo de concentração ou era um inocente só. O fato é que o cara era um craque. O alemão botou uma bola de tênis para amenizar e construiu uma prótese para o Roberto. Ele contou que saiu correndo, tropeçando, foi correndo pela praia. No dia seguinte, ele foi a um baile e dançou a noite inteira. Ele não teve nenhum problema em falar da perna, do acidente”, revelou o jornalista e escritor, que esclarece ainda a mudança de formato do projeto: “Tive uma notícia mais recente que não vai rolar o filme, mas que será agora uma série de quatro episódios para a televisão”.
📌Lembre-se: higienize as mãos sempre que necessário com água e sabão ou álcool em gel.
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