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Ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) andam incomodados com a campanha que o presidente da Corte, Humberto Martins, anda fazendo para a vaga que será aberta em julho no STF (Supremo Tribunal Federal). Em caráter reservado, um ministro disse à coluna que o colega “começou a rodar bolsinha e ficou ruim”. Esse mesmo ministro diz que Martins está tentando agradar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com decisões judiciais. É de Bolsonaro a tarefa de escolher quem vai substituir Marco Aurélio Mello no Supremo.
“A caneta do presidente do STJ não tem visibilidade, mas faz muita coisa. Ele tem atendido o governo em questões de privatizações. Dizem no tribunal que ele está fazendo o que é necessário para poder agradar e se viabilizar”, revelou o ministro, que preferiu não ser identificado.
De fato, decisões do STJ não costumam repercutir tanto quanto as do STF. Mas, recentemente, o Palácio do Planalto ficou satisfeito com a caneta de Martins. Em janeiro, o presidente do STJ atendeu a um pedido da União para suspender decisão do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) que havia obrigado o governo federal a divulgar direito de resposta nas redes sociais a partir de uma postagem da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República).
O órgão homenageou, em maio do ano passado, militares combatentes na Guerrilha do Araguaia, com destaque para o tenente-coronel reformado Sebastião Rodrigues de Moura, conhecido como Major Curió. O militar é apontado como torturador de militantes de esquerda durante a ditadura. Questionado pela coluna sobre o comentário dos colegas, Martins respondeu por meio da assessoria de imprensa: “Em primeiro lugar, não existe campanha para o Supremo Tribunal Federal. O ministro Humberto Martins é presidente do STJ e do CJF (Conselho da Justiça Federal) e desempenha suas atribuições na presidência com base na Constituição, nas leis e na jurisprudência”, diz a nota.
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