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A
Procuradoria-Geral da República divulgou há pouco comunicado em que afirma que
a Operação Placebo, deflagrada nesta terça-feira, investiga crimes de
“peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa” nos gastos
emergenciais do governo do Rio de Janeiro na pandemia.
“A
pessoas (são) investigadas em inquérito instaurado para apurar suspeitas de
desvios de recursos e fraudes em processos de licitação para compra de
equipamentos e insumos destinados ao combate à covid-19 no Rio de Janeiro.
Entre os alvos das medidas cautelares está o governador Wilson Witzel”, diz a
PGR.
A
ordem para as medidas cautelares partiu do relator do caso do Superior Tribunal
de Justiça (STJ), o ministro Benedito Gonçalves e inclui, segundo a PGR, o
depoimento de Witzel e dos demais envolvidos.
“O
inquérito apura suspeitas de que uma organização social para fornecer o
material necessário para o funcionamento de hospitais de campanha montados pelo
governo estadual para atender pacientes infectados fraudou documentos,
superfaturou o valor dos insumos”, diz a PGR.
A ação teria a
participação de agentes públicos, incluindo gestores da Secretaria Estadual de
Saúde, responsáveis pelo processo de compra. “Iniciadas no âmbito do Ministério
Público Estadual, no Rio de Janeiro, as investigações foram enviadas à PGR, em
Brasília, após a identificação de indícios da participação de pessoas com
prerrogativa de foro junto ao STJ”, diz a PGR.
As
medidas cumpridas nesta terça-feira têm o objetivo de recolher documentos e
outros materiais que possam reforçar o contexto probatório da investigação que
apura a prática de crimes previstos nos artigos 89 e 96 da Lei de Licitações
(8.666/93), peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
“A
previsão orçamentária do Estado era gastar R$ 835 milhões com os hospitais de
campanha em um período de até seis meses. A suspeita é que parte desse valor
teria como destino os próprios envolvidos. O esquema para viabilizar os desvios
envolveria superfaturamento e sobrepreço, além da subcontratação de empresas
‘fachada’”, diz a PGR.
📌Lembre-se: higienize as mãos sempre que necessário com água e sabão ou álcool em gel.
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