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A companhia aérea chilena JetSmart anunciou nesta terça-feira (24) início de sua operação no Brasil com voos sem escalas de Santiago para São Paulo, Salvador e Foz do Iguaçu. A empresa opera no formato de baixo, custo com passagens mais baratas e sem oferecer serviços como refeições, marcação de assentos, entretenimento de bordo e despacho de bagagem gratuita. Cada passageiro tem o direito de levar, gratuitamente, apenas uma pequena bolsa de mão.
Os voos para Salvador e São Paulo começarão a ser vendidos por R$ 299 o trecho e para Foz do Iguaçu custarão R$ 269 o trecho. O valor é acrescido das taxas operacionais. A operação entre São Paulo e Santiago começará em 20 de março de 2020, a partir do aeroporto de Guarulhos, e terá a frequência de dois voos semanais. Entre Foz do Iguaçu e a capital chilena, a operação começa em 5 de janeiro de 2020 com dois voos semanais.
A linha entre Salvador e Santiago começa a operar no dia 27 de dezembro de 2019. Serão três voos semanais durante o verão –entre 30 de dezembro e 2 de março– e dois voos semanais no restante do ano. A expectativa é que cerca de 100 mil passageiros sejam transportados por ano nas três rotas. Para o fundador e presidente-executivo da JetSmart, Estuardo Ortiz, o Brasil tem um mercado promissor para companhias aéreas de baixo custo. Enquanto na Europa e no México as companhias aéreas de baixo custo dominam 50% do mercado, na América do Sul este tipo de companhia tem apenas 7% do mercado. “É uma região com uma grande classe média, mas que tem passagens aéreas com preços muito altos. São milhões que pessoas que não viajam ou viajam pouco, e passarão a ter preços mais acessíveis”, afirmou Ortiz.
O anúncio do início da operação da JetSmart acontece no momento em que o Congresso Nacional deve decidir sobre o veto do presidente Jair Bolsonaro (PSL) à lei que prevê a obrigatoriedade da franquia gratuita de bagagem. A obrigatoriedade foi inserida por emenda parlamentar na medida provisória que abriu o setor aéreo para o capital estrangeiro e é criticada por parte do trade turístico, que vê na medida um obstáculo para a operação das companhias aéreas de baixo.
“Este é um presente inadequado para os consumidores porque sempre alguém vai pagar a conta. O ideal é que o país esteja alinhado com marco regulatório que vigora no restante do mundo”, afirmou Julio Ribas, diretor-presidente do Salvador Bahia Airport. A JetSmart é a quarta empresa aérea de baixo custo a conseguir autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação) para operar no Brasil – também estão autorizadas para voos internacionais a norueguesa Norwegian, a chilena Sky Airlines e a argentina Flybondi.
Fundada em 2017, JetSmart opera no Chile, Argentina e Peru e já transportou milhões de passageiros nos últimos dois anos. A empresa pertence fundo de investimento Índigo Partners, que também controla as companhias aéreas Wizz Air, Volaris e Frontier Airlines, todas de baixo custo.
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