Foto: Eduardo Maia |
O deputado estadual, George Soares (PL), usou a tribuna da Assembleia Legislativa para esclarecer as várias fases da discussão que considera desnecessária em torno da operação do núcleo de trânsito do município do Assú. Ao reproduzir o áudio que fez para a Rádio Princesa do Vale, ele disse que foi vítima de uma ação midiática contra a imagem dele. "Mas me mantive em silêncio. Agora quero dizer que as ações do Núcleo de Trânsito não têm meu respaldo. Nem é pedido meu. É uma ação articulada para macular a minha imagem. O Núcleo de Trânsito do Assú não tem combatido o crime organizado, mas amedronta o cidadão de bem ao apreender motocicletas, quando em outras regiões a lei aprovada recentemente na Assembleia e aprovada pela governadora normatizou estes encaminhamentos", disse o deputado em áudio, reproduzido na sessão desta quarta-feira (21).
George Soares acrescentou que criticou a operação e que iria apurar a atividade do Núcleo de Trânsito da polícia rodoviária estadual da cidade do Assú. "Jamais disse que iria perseguir ou solicitar a transferência de policiais", disse o deputado ao rebater nota da Associação dos Oficiais Militares do RN que o acusou de perseguição política.
"A nota me chamou do coronel, que estava promovendo perseguição à polícia do governo do Estado e que estava sendo intransigente com o profissional competente, ético e correto", disse George Soares ao narrar trecho da nota do Clube dos Oficiais. Ao contrário, o deputado disse que é um incentivador do sistema de segurança do Estado. "Ao ponto em que tenho emendas voltadas para o setor, busquei recursos para o Hospital da PM junto ao Governo Federal. Fiz e faço mil vezes por ser representante do povo e defensor da minha região", pontuou o deputado salientando que o terreno onde está instalada a Polícia Militar em Assú foi doação da família dele. “Cabe agora uma retratação da Associação dos Oficiais Militares do RN em nome da verdade”, disse.
Em aparte, o deputado Raimundo Fernandes (PSDB), reforçou que foi aprovada lei para que os donos de motocicletas regularizem seus débitos e não cabe a fiscalização nas estradas do interior. "Não se deve apreender as motos sem que seja esgotado o prazo para a regularização", disse o deputado, ao mesmo tempo em que conclamou o cidadão de bem para que regularize a documentação de seus veículos.
George Soares salientou que tentaram macular a imagem dele. “Mas áudios de oficiais da PM que chegaram aos grupos de whatsapp demonstrando ações exageradas nas estradas do interior demonstram que não foi um ato governamental, nem meu”, esclareceu o deputado lamentando o uso político das apreensões que agora tem se tornado um problema socioeconômico.
O deputado estadual Ubaldo Fernandes (PL), elogiou o pronunciamento do deputado George Soares. “Os áudios demonstram que há uma competição entre os militares para saber quem apreende mais motos no interior do Estado”, reforçou Ubaldo Fernandes.
A deputada Isolda Dantas (PT) disse que recebeu áudios e vídeos que lhe causaram estranheza. “A fiscalização tem que existir. Mas os abusos têm que ser combatidos. O servidor público tem que atender bem. Não há razão para abuso de autoridade, muito menos por parte da Polícia Militar, instituição que todos respeitamos e que deve ser um exemplo”, disse a deputada.
O deputado George Soares explicou que um grupo de trabalho está sendo criado no âmbito do Poder Executivo para propor mudança na blitz para ação educativa, revisão das multas, revisão das apreensões e para que servidores com salários atrasados tenham condição de fazer um encontro de contas com o Governo do Estado. Ao final o deputado Dr. Bernardo (AVANTE), lamentou que este tema tenha chegado a este ponto e tomado espaço para grandes debates na Casa Legislativa. “Mas esta Casa não poderia se calar diante das aberrações que estavam ocorrendo no interior do Estado”, disse.
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