Alex Silva Assú: Por Erick, O Caçador: COMO SE ELEGER USANDO O NOME DE BOLSONARO

27 fevereiro 2018

Por Erick, O Caçador: COMO SE ELEGER USANDO O NOME DE BOLSONARO

FOTO: Erick

Ano de eleições, de tudo acontece! Em 2018, ninguém pode negar que o fenômeno eleitoral nacional é o presidenciável Jair Bolsonaro. E, como não podia deixar de ser, com olho no eleitorado do Mito, uma porção de pré-candidatos caroneiros apareceram, justamente a poucos meses das eleições, como "apoiadores de Bolsonaro" ou "lideranças locais do movimento de Direita".

Eis aqui os passos dos caronistas da "griffe Bolsonaro", para quem quiser seguir:

1 - Forme uma base de Redes Sociais ( Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp, etc), pois é sabido que a Força de Jair Bolsonaro está nas Redes Sociais. A simpatia que Bolsonaro tem espontaneamente nesse meio pode ser capitalizada artificialmente por você, para fins eleitoreiros, bastando se infiltrar no meio dos ativistas raiz e demonstrar "fervor";

2- Jair Bolsonaro tem um longo histórico de "dar a cara à tapa" falando verdades incovenientes, bem como de combate aos Corruptos da Esquerda Brasileira. Para quem nunca teve essa coragem moral, basta dar a entender que terá (ou teria), e se dizer "honesto" ( como se honestidade fosse sinônimo de coragem e determinação ideológica)... Se colar, colou! Afinal de contas, no oba-oba da carona na griffe Bolsonaro, parece que "ser honesto" é uma grande excepcionalidade, não um requisito básico, como afirma o próprio Mito e entende o bom senso;

3- Use um título para ter destaque sobre a "massa" de ativistas de Direita: "Doutor Fulano", "Major Cicrano", "Pastor Beltrano" ou similares. Como os ativistas Bolsonarianos são simpáticos aos militares, às carreiras jurídicas e ao conservadorismo moral, é possível a um oportunista eleitoral ter sucesso, usando essa camuflagem com status de liderança - se o título for verdadeiro, melhor ainda! Sabemos que há de todo tipo de gente nas Forças Armadas, Polícias, Igrejas, meio advocatício, etc - mas não é você que vai levantar essa lebre, muito pelo contrário;

4- Enquanto o movimento "raiz" pró-Bolsonaro estava em ação, muito antes de 2018, você estava militando na Esquerda ou, simplesmente, nem ligando para Política? Não tem problema! Junte seis ou sete gatos pingados, devidamente trajados com camisas de Bolsonaro, e propagandeie essa reunião como grande evento político: nas Redes Sociais, tem chance que isso viralize... A moda do momento é a "inauguração" de out doors, mas se você não tem dinheiro para tal, basta postar os links de seus grupos de "apoio a Bolsonaro" nas Redes Sociais, para que os desavisados lhe sigam. Tudo que tem o nome de Bolsonaro atrai gente;

5- Bolsonaro tem uma vida inteira voltada para o patriotismo, segurança nacional, anticomunismo e ideais conservadores. Você é daqueles que só cuidou de seu umbigo e nem sabe diferenciar a "transferência de votos" Petista, do "voto consciente" da militância política de Direita ? Não tem problema: basta fazer montagens fotográficas em que a foto de Bolsonaro apareça junto com a sua. Afinal de contas, poucas pessoas vão se interessar por investigar sua vida... Se você não tem ficha criminal, já pode se dizer "honesto". Se aparece nas montagens fotográficas ao lado de Bolsonaro, é possível que alguém pense que você amarra as chuteiras dele (pelo menos). Se o que lhe interessa é apenas se eleger às custas do eleitorado de Jair Bolsonaro, sua vida começou em 2018.

Os passos acima tem sido seguidos, no Brasil inteiro, por grande quantidade de pessoas interessadas em mamar nas tetas da política. Se você não concorda com esse tipo de "projeto político", observe bem e identifique os oportunistas, separando-os dos homens de propostas, que tem histórico que lhes dê crédito. Quem é "liderança política", tem que ter feitos que o destaquem pelos serviços prestados à sociedade.

Jair Bolsonaro propõe uma moralização da política. Não é proibido ser oportunista, nem ilegal - é antiético. O que queremos para o futuro do Brasil é restaurar a ética e a decência: olho vivo!

Erick Guerra, O Caçador