FOTO: Assessoria de Imprensa
“Os investimentos isolados, a má gestão e os problemas de regulação são os principais fatores que contribuem, nos dias atuais, para a escassez da água no Brasil”. Esta conclusão de especialistas foi levada ao Plenário pelo senador Garibaldi Filho, em pronunciamento no qual lembrou que neste 22 de março transcorre o Dia Mundial da Água. Ele registrou que a crise hídrica tem gerado um custo político, econômico e humano muito oneroso para o Brasil.
Garibaldi Filho destacou que o drama da falta de água se agrava dramaticamente em todo o planeta. “A população cada dia se mostra mais intranquila diante do calor que se eleva ano após ano, dadas as drásticas e velozes mudanças climáticas”, afirmou. Ele lembrou que, no Nordeste, a ausência de chuvas obriga milhões de pessoas a viverem no sofrimento e desesperança. E que a parte mais abastada do Brasil precisa cooperar para a sobrevivência, por meio do Estado, de uma população que mal tem água para beber.
“Projetos ousados devem ser diuturnamente incentivados e implementados. Nesse sentido, o projeto de transposição do Rio São Francisco, de sonho longínquo, se converteu, em 2017, em realidade visível e palpável. Tivemos recentemente a inauguração, pelo presidente Michel Temer, do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco, obra iniciada em 2007 pelo presidente Lula e continuada pela presidente Dilma”, declarou.
A atuação dos potiguares Aluísio Alves e Fernando Bezerra – que foram ministros da Integração e trabalharam para que a obra da transposição, posteriormente, pudesse ser executada – também foi lembrada por Garibaldi. O senador informou ainda que o governo federal, no final do ano passado, anunciou investimentos em ações para obras hídricas nos estados afetados pela estiagem que chegam a 1 bilhão de reais.
Mesmo com a obra iniciada em 2007, a água da transposição só começou a chegar efetivamente neste ano, com a inauguração do Eixo Leste. “Uma demora que, para alguns, pode não significar quase nada, ao passo que, para os que moram no semiárido, significa o passo livre para afastar a agonia, o drama e a tragédia da seca”, comentou. Garibaldi também lembrou que, quando governou o Rio Grande do Norte, executou um programa hídrico que implantou mais de mil quilômetros de adutoras no estado. Ele destacou a importância do Monsenhor Expedito Medeiros, o “Profeta das Águas”, em todo o processo.
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