Foto: Imagem ilustrativa
Gostaria, mais uma vez, de me reportar ao nosso tempo de moleque.
Já fiz isto antes quando relembrei aquela nossa velha locução do passado quando dizíamos: “quem mente rouba”.
Naquela época, quando ainda dávamos nossos primeiros passos na direção da moral e dos bons costumes, doutrinados através de aulas de Educação, Moral e Civismo, além de positivamente influenciados pelas lições de catecismo, nossa molecada abominava traidores.
Lembro-me muito bem de que, na escola ou na rua, por mais que sofrêssemos represálias coletivas, ninguém tinha coragem de contar quem praticara alguma irregularidade.
Todos nós tínhamos uma frase pronta:
– Ninguém aqui é Judas!
Judas Iscariotes para nós, moleques cristãos, era o protótipo da delação, pois havia traído Jesus Cristo, o ser mais divino que pisou na face da terra.
Aqueles moleques cresceram e, hoje, envelheceram e chegaram aos conturbados dias atuais deste massacrado país chamado Brasil, com o Ministério Público Federal fazendo um brilhante e profilático trabalho, colocando na cadeia um bando de políticos e empresários desonestos.
Eis que surgiu na legislação brasileira um benefício legal aos criminosos que, porventura, queiram tirar o seu da reta: delação premiada.
Vou repetir: “quem mente, rouba”.
Sobejamente, sabemos do péssimo caráter de quem mente e rouba.
Mau-caratismo agora aflorado com a “delação premiada” que, diga-se de passagem, está acelerando os processos e colocando muito ladrão na cadeia.
Já podemos chamar aqueles que aderiram à delação premiada de mentirosos, ladrões e traidores?
Jamais houve honra entre ladrões!
Texto Do Bar De Ferreirinha
Nenhum comentário:
Postar um comentário