18 novembro 2016

CRISE HÍDRICA : Esvaziamento no açude de Venha Ver causa suspensão no abastecimento d’água na cidade


No quinto ano consecutivo de seca no Nordeste, o Rio Grande do Norte desativa o abastecimento de água na 26ª cidade do Estado, Venha Ver, por causa do esvaziamento no açude José Bandeira de Moura. Este manancial que vinha abastecendo cerca de 300 famílias, está com menos de cinco por cento da sua capacidade e água com aparência desagradável (barrenta). Com a suspensão do fornecimento de água pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), a Prefeitura de Venha Ver assume o atendimento através de carro-pipa.

Das 153 cidades atendidas pela Caern, 67 estão recebendo água em forma de rodízio e 26 estão em colapso, com exceção de Martins que está recuperando gradativamente. O engenheiro da companhia, Anderson Araújo, responsável pelo setor de abastecimento de água na região Alto Oeste do Estado, acredita que até o final do ano Serrinha dos Pintos estará com o fornecimento de água regularizado. Essas duas cidades vizinhas estão recebendo água graças a nova adutora Alto Oeste que é integrada ao sistema em Lucrécia.

COLAPSO

A região Alto Oeste do Estado concentra o maior número de cidades em colapso (16): Almino Afonso, Antônio Martins, Campo Grande, Francisco Dantas, Frutuoso Gomes, João Dias, José da Penha, Luiz Gomes, Marcelino Vieira, Paraná, Pilões, Rafael Fernandes, São Miguel, Serrinha dos Pintos (previsão retornar até final de dezembro), Tenente Ananias e Venha Ver. Na região Oeste são 05 em colapso: Janduís, Messias Targino, Paraná, Patu e Triunfo Potiguar. Na região seridoense a cidade de Cruzeta e na região Central as cidades de Guamaré, Pendências, Paraú e Macau.

Outras 67 cidades estão sendo abastecidas pela Caern em sistema de rodízio, algumas em dias alternados, dependendo do volume de água que a empresa consegue captar nos mananciais. São 18 cidades no Alto Oeste atendidas no sistema de rodízio, 13 na região agreste, 09 na Central, 07 na região Oeste e 20 no Seridó. A recomendação da empresa é para cada família economizar água o máximo para prolongar o tempo de atendimento, até as chuvas recuperarem os mananciais.


Lígia Cortez – ACS Caern




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