10 outubro 2016

Eurian Da Nobrega Leite da sua opinião Sobre a Proibição de Vaquejadas Aqui no Rio Grande do Norte


Não me furtarei a escrever, de novo, sobre a polêmica da vez.

Primeiro, queria fazer um retrospecto sobre as propicies de PRÁTICAS ANÁLOGAS às vaquejadas, em outros países e até aqui no Brasil. Análogas não pelas regras e, si, mas por se tratar de envolver animais indefesos em tais práticas.

No Brasil, as TOURADAS e as rinhas foram proibidas em 1936... O discurso na época era o mesmo observado hoje: “ vai desempregar muita gente, a economia deixará de girar” bla, boa, bla...

Na Espanha, onde as touradas duraram até bem recente, o discurso era o mesmo.
A caça às raposas na Inglaterra também seguiu o mesmo embate, mas foi definitivamente proibido.

Lógico que em todos esses episódios acima, os maus tratos aos animais eram bem diferentes dos observador nas VAQUEJADAS... Não há uma comparação no grau de perversidade entre as práticas já proibidas e essa que se quer proibir no Brasil.
Sou contra as VAQUEJADAS desde o dia em que numa das festas que fui – sempre ia, acho que a maioria dos que vão o fazem como eu fazia, por causa das festas – assistir a uma queda de boi. Fiquei perplexo. Decidi que nunca mais iria a um evento como aquele. E não fui mais.

Porém, depois de ouvir muitas opiniões dos que como eu são CONTRA, parei para ler o posicionamento dos que se dizem A FAVOR. Percebo que há uma necessidade de aclaramento das REGRAS... Soube que há regras de não puxar o rabo do animal, que tem que ter uma proteção... Enfim...
Mesmo assim, ainda acho cruel o fato da queda, da perseguição de dois cavalos, dói S humanos e um boi ou vaca sendo derrubado e exposto a uma situação, n mínimo vexatória...

Será que entre as regras, há uma que exija a presença de um veterinário, contratado pelo evento, para averiguar a situação dos animais que saem da pista? Se esses estão feridos? Se o transporte e tratamento dado aos animais são razoáveis??? Essas indagações talvez sejam o PONTO DE CONVERGÊNCIA entre os que são CONTRA e os QUE SE DIZEM A FAVOR... Porque não há como se negociar, pelo menos para quem defende a causa dos animais, que o sofrimento desses esteja claro nessa prática e que fiquemos calados sobre isso.

Espero um debate salutar não apenas aos que acham que a economia pode ser prejudicado com a proibição das vaquejadas, mas sobretudo, aos que aceitam esse fato, mas exigem a discussão das regras mínimas de respeito à vida e dignidade dos animais...

O que me deixa triste mesmo, é ver pessoas reverberando comentários do tipo: “ para ser contra as vaquejadas, antes você precisa virar vegetariano”... Nesses, eu enxergo um simplismo de uma crueldade sem medidas... O abate de animais não trás dores a eles... Pelo menos não deveria... Há regras claras para o abate... Se você conhece algum abate de animal que não atende às especificações da legislação, deve DENUNCIAR, não apenas porque isso maltrata o animal, mas porque a sua saúde corre risco... O abate deve ser em locais credenciamos, abatedouros públicos ou credenciamos... Então, esse argumento além de vazio não ajuda na elucidação de dúvidas, salutares ao debate de um assunto de tamanha importância...

Espero, que ao final, ganhe o bom senso e que a dignidade dos animais sejam preservadas... Que mais uma vez o homem não use de sua supremacia para atropelar as leis da natureza... Já não bastam os recados que a natureza tem nos dado? Que a economia possa ser preservada, mas que essa se adeque às regras do bem tratar aos indefesos que não sabem fazer nada a não ser obedecer fielmente aos mandos dos humanos, mesmo que isso implique em sofrimento em demasia para eles.
Tenho dito.

(  Eurian Da Nobrega Leite Assu-RN ) 


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