Preservar
o meio ambiente, erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais
no bioma da caatinga. Esses são os objetivos do projeto 222/16, do
senador Garibaldi Filho, que a Comissão de Desenvolvimento Regional e
Turismo (CDR) aprovou nesta terça-feira (13). A proposição, que institui
a Política de Desenvolvimento Sustentável da Caatinga, teve parecer
favorável do relator, senador José Pimentel (PT-CE). A intenção é
compatibilizar atividades produtivas, proteção do meio ambiente e
promoção da justiça social.
Garibaldi
Filho justifica a iniciativa afirmando ser a Caatinga um bioma que
ocorre exclusivamente no território brasileiro e que necessita ter a sua
utilização organizada pelo poder público, de modo racional e
sustentável. Segundo ele, a política sugerida servirá para orientar
ações públicas de longo prazo que garantam a atuação articulada entre os
entes federados e a sociedade, para compatibilizar as atividades
econômicas e a proteção do meio ambiente.
O
senador ressalta ainda que as áreas mais sujeitas à desertificação no
Brasil encontram-se na Caatinga, deixando evidente a fragilidade do
bioma. Além disso, observa que os índices de desenvolvimento humano
registrados no semiárido mostram que se trata de uma das regiões de
maior vulnerabilidade social do país.
Já
o relator, senador José Pimentel (PT-CE), afirma que a nova política
será de grande relevância para a definição das prioridades e o
estabelecimento de diretrizes para os planos anuais de aplicação dos
recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e do
Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).
Mudanças climáticas - Um
dos princípios a serem observados pela política para a Caatinga será
exatamente o combate à desertificação e a adaptação a mudanças
climáticas. As ações devem ser também orientadas para estimular
atividades agropecuárias e florestais sustentáveis; a conservação da
natureza e a proteção da diversidade biológica; e o saneamento ambiental
e a gestão integrada das áreas urbanas e rurais.
Estima-se
que a Caatinga abranja uma área de cerca de 850 mil quilômetros
quadrados. Um dos dispositivos do projeto atribui a órgão ou entidade
federal a função de fixar os exatos limites do bioma, para definir o
alcance territorial das ações associadas à nova política.
Outro
dispositivo lista as atividades que devem ser objeto da ação articulada
entre os entes federados e os atores não governamentais, a começar pela
instituição de fórum de gestores para compartilhamento de experiências e
integração de governança.
Há
também previsão para que seja enfatizada a capacitação de recursos
humanos e atividades de pesquisa, além de execução de programas de
educação pública sobre temas relacionados ao bioma, com atenção especial
para as práticas agrícolas sustentáveis, a proteção da biodiversidade e
a adaptação para os processos de seca e desertificação.
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