27 agosto 2016

Vilma critica veto ao Patrulha Maria da Penha no Dia da Igualdade da Mulher

wilma98
Neste Dia Internacional da Igualdade da Mulher, 26 de agosto, Vilma de Faria publicou em seu site oficial de campanha a vereadora de Natal, e em suas redes sociais, um alerta para a preocupante interrupção de avanços nas medidas protetivas às vítimas de violência em Natal. A vice-prefeita criticou veementemente o veto recente da prefeitura à Lei que institui a Patrulha Maria da Penha, que designaria a Guarda Municipal para, além das funções atuais, acompanhar as vítimas.
Vilma enfatiza que Natal é a capital brasileira que teve o maior crescimento de assassinatos de mulheres entre 2003 e 2013, segundo o Mapa da Violência 2015: Homicídios de Mulheres, com o triste aumento de 228% dos números. “A frequência desses crimes nos mostra como é triste nossa realidade. E uma medida que poderia contribuir para reduzir esses números infelizmente não se consolidou, porque foi vetada pelo prefeito. Essa decisão é criticada pelo Ministério Público e movimentos sociais. E, inclusive, se distancia das discussões que vêm ocorrendo no Senado, onde um projeto de lei quer nacionalizar a Patrulha”, reforçou a vice-prefeita.
Desse modo, Vilma conclama seus seguidores a se unir pra sensibilizar a Câmara. “As redes sociais têm sido fundamentais para nossos avanços sociais. Então convido você a lutar por uma causa local: sensibilize os vereadores de Natal a derrubarem o veto do prefeito à Patrulha Maria da Penha”.
Vilma ressalta também que ainda existe muito a ser feito na esfera municipal, com as secretarias de Políticas para as Mulheres (Semul) e de Defesa Social (Semdes) trabalhando conjuntamente.
E conclama para medidas enérgicas para estancar esses crimes, com ações de conscientização nas escolas, implantando a Patrulha Maria da Penha, e reforçando o acompanhamento e proteção das vítimas. “Essas mortes me deixam profundamente triste e discutir a segurança e vida das nossas mulheres é urgente”, avalia Vilma.
Natal tem hoje apenas dois locais de apoio às mulheres violentadas: o Centro de Referência Elizabeth Nasser e a Casa Abrigo Clara Camarão. “A maioria dessas vítimas vem da zona Norte, não tem ensino fundamental completo, está desempregada, é agredida por seus parceiros e está em união estável. Apesar de ter à disposição dados tão detalhados como esses, pouco ou nada é feito pela prefeitura para tentar reduzir o número. Acredito no fortalecimento da educação e da segurança como principal saída para prevenir esses crimes e impedir que eles voltem a acontecer”, afirma a ex-governadora.

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