Neste Dia Internacional da Igualdade da Mulher, 26 de agosto, Vilma de Faria publicou em seu site oficial de campanha a vereadora de Natal, e em suas redes sociais, um alerta para a preocupante interrupção de avanços nas medidas protetivas às vítimas de violência em Natal. A vice-prefeita criticou veementemente o veto recente da prefeitura à Lei que institui a Patrulha Maria da Penha, que designaria a Guarda Municipal para, além das funções atuais, acompanhar as vítimas.
Vilma enfatiza que Natal é a capital brasileira que teve o maior crescimento de assassinatos de mulheres entre 2003 e 2013, segundo o Mapa da Violência 2015: Homicídios de Mulheres, com o triste aumento de 228% dos números. “A frequência desses crimes nos mostra como é triste nossa realidade. E uma medida que poderia contribuir para reduzir esses números infelizmente não se consolidou, porque foi vetada pelo prefeito. Essa decisão é criticada pelo Ministério Público e movimentos sociais. E, inclusive, se distancia das discussões que vêm ocorrendo no Senado, onde um projeto de lei quer nacionalizar a Patrulha”, reforçou a vice-prefeita.
Desse modo, Vilma conclama seus seguidores a se unir pra sensibilizar a Câmara. “As redes sociais têm sido fundamentais para nossos avanços sociais. Então convido você a lutar por uma causa local: sensibilize os vereadores de Natal a derrubarem o veto do prefeito à Patrulha Maria da Penha”.
Vilma ressalta também que ainda existe muito a ser feito na esfera municipal, com as secretarias de Políticas para as Mulheres (Semul) e de Defesa Social (Semdes) trabalhando conjuntamente.
E conclama para medidas enérgicas para estancar esses crimes, com ações de conscientização nas escolas, implantando a Patrulha Maria da Penha, e reforçando o acompanhamento e proteção das vítimas. “Essas mortes me deixam profundamente triste e discutir a segurança e vida das nossas mulheres é urgente”, avalia Vilma.
Natal tem hoje apenas dois locais de apoio às mulheres violentadas: o Centro de Referência Elizabeth Nasser e a Casa Abrigo Clara Camarão. “A maioria dessas vítimas vem da zona Norte, não tem ensino fundamental completo, está desempregada, é agredida por seus parceiros e está em união estável. Apesar de ter à disposição dados tão detalhados como esses, pouco ou nada é feito pela prefeitura para tentar reduzir o número. Acredito no fortalecimento da educação e da segurança como principal saída para prevenir esses crimes e impedir que eles voltem a acontecer”, afirma a ex-governadora.
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