Se
o Senado confirmar as previsões e votar pelo impeachment da presidente
afastada Dilma Rousseff, o presidente em exercício Michel Temer assumirá
de vez o cargo e poderá tirar o Brasil da crise trabalhando junto com o
Congresso Nacional pela aprovação das reformas tributária,
previdenciária e política. A avaliação foi feita pelo senador Garibaldi
Filho, que, em entrevista ao programa Jornal das Seis, da 96 FM, disse
acreditar que 61 senadores votarão pela cassação da presidente acusada.
“Tanto
o governo Lula quanto o governo Dilma tiveram 13 anos para propor as
reformas e não chegaram a termo. O que vejo é que o presidente Temer
está decidido a fazê-las. Teremos consequência a diminuição do
desemprego, que hoje atinge índices alarmantes, cerca de 12 milhões de
brasileiros. Vejo o Brasil do dia seguinte ao impeachment com uma
perspectiva muito melhor”, comentou o senador Garibaldi Filho.
Outro
assunto abordado durante a entrevista foi o caráter jurídico-político
do processo de impeachment. O senador avaliou que não se pode pretender
que os senadores da República deixem de observar, durante o seu voto,
razões de ordem política, além da justificativa jurídica. No
entendimento de Garibaldi Filho, os crimes de responsabilidade cometidos
por Dilma Rousseff estão “bem configurados” no relatório do senador
Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Do
relatório de Anastasia, o senador Garibaldi Filho citou o trecho que
trata da abertura dos decretos de crédito orçamentários entre julho e
agosto de 2015 e que somente poderiam ter sido editados sem autorização
do Congresso Nacional se estivessem compatíveis com a meta de superávit
primário estabelecida para aquele ano. Ele rechaçou a narrativa
utilizada pelos defensores de Dilma em classificar o impeachment como
golpe.
Respondendo
a questionamento da bancada do Jornal das Seis, Garibaldi Filho
lamentou que, durante sua fala inicial, Dilma Rousseff tenha elegido
vários culpados para os problemas do seu governo, esquecendo de assumir
suas próprias responsabilidades. A falta de diálogo, segundo o senador,
foi um dos motivos que contribuíram para que o governo Dilma perdesse a
sustentação parlamentar.
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