Encerrada a votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Por 61 votos a 20, o Senado decidiu que ela perde o mandato e que Michel Temer deve ser empossado definitivamente na presidência da República. A cerimônia de posse deve ser realizada ainda nesta tarde, no plenário da Câmara dos Deputados, numa cerimônia simples conforme instruções do presidente.
Ao votar pelo impeachment, a maioria dos senadores entendeu que Dilma Rousseff descumpriu a Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal por ter editado decretos suplementares sem o aval do Congresso e por ter repassado com atraso recursos do Tesouro para o Banco do Brasil pagar a equalização dos juros do Plano Safra.
A votação que consistiria numa única pergunta aos senadores foi dividida em duas questões. Na primeira, os senadores foram indagados se Dilma cometeu esses crimes. Por 61 votos a 20, eles responderam sim. Na segunda votação, decidirão se ela ficará inabilitada por oito anos para o exercício de função pública. Essa segunda votação se realizará agora.
“Estamos fazendo a história”, diz Renan no último dia do julgamento de Dilma
“Raríssimas vezes na vida, podemos dizer, sem sermos pretensiosos, que estamos fazendo a história. Hoje é uma destas escassas ocasiões”. A afirmação abriu o discurso do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no último dia de julgamento da presidenta afastada Dilma Rousseff.
Segundo o senador, como presidente do Senado Federal, cabe a ele dialogar não com as paixões do momento, mas com o perene espírito do tempo. “A democracia não é o melhor regime porque é infalível, mas porque corrige suas próprias imperfeições sobre o mando do único soberano ao qual as democracias se curvam: o povo”.
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