12 maio 2016

VOTO NÃO SE VENDE, CONSCIÊNCIA NÃO SE COMPRA!


Todo  cidadão deve se preocupar com os destinos do seu município, estado, país. Em tempos de eleição lhe é facultado escolher os dirigentes e isto é uma responsabilidade muito séria. Escolher quem deve governar é uma questão de consciência. A nossa consciência só diz respeito a nós e a Deus. Então todo eleitor tem o dever de consciência de escolher bem os seus representantes. É uma escolha pessoal e intransferível. Só o eleitor pode escolher o candidato e não pode ser atrapalhado na sua liberdade de escolher. O artigo 301 da Lei Eleitoral diz com muita clareza que ninguém pode usar de violência ou ameaça para forçar o outro a votar ou deixar de votar em determinado candidato.

Então, será sempre um crime cada vez que o marido obrigar a esposa votar no seu candidato; o patrão botar prá fora o empregado por causa de voto, alguém ameaçar o eleitor para ele mudar o voto. Ninguém poderá impedir ou embaraçar o voto diz a lei. Em tempo de campanha política  é preciso vencer duas tentações grandes para que a consciência estando em paz possa fazer a melhor escolha. A primeira tentação é o medo. Vencer o medo! Não ter medo de votar livre. O voto é um segredo e é sagrado. Ninguém sabe a não ser que o eleitor revele a sua preferência. A segunda tentação é o eleitor se deixar fascinar pelos presentes, favores e oferecimentos dos candidatos ou ele próprio pedir, exigir do candidato alguma coisa em troca do seu voto.Quando ele age assim está se envolvendo com o jogo do poder econômico. Essa tentação é muito pesada, mas com força de vontade e com a graça de Deus pode ser vencida.

O voto não é uma mercadoria para ser vendida, comprada ou trocada por nada. O voto é a consciência do eleitor agindo. E consciência não é a mesma coisa que feijão, bujão de gás,  conta de energia, de água para ser comprado ou trocado. Mas quem caiu na infelicidade de se vender não está obrigado a votar em quem lhe comprou porque fez uma transação proibida por lei. O artigo 299 do código eleitoral diz que “Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita” pode levar o candidato ou o eleitor à prisão por quatro anos ou pagar pesadas multas. Se tiver alguém para denunciar atos deste tipo, a lei pode funcionar, de verdade.

Voto não se vende, consciência não se compra. Ir contra este tipo de abuso, de infração, é se dar ao respeito, é sentir-se, seja homem ou mulher, pessoas livres, pessoas libertas do jugo da tentação do dinheiro. É mostrar-se honesto, é sentir-se responsável pelo destino da comunidade, do município. É, enfim, estar em paz consigo próprio, com a sua consciência, com Deus.

O eleitor consciente  não pede  nem exige dos candidatos  coisas pessoais, coisas para si e para os seus, como emprego, feiras de supermercado, melhoria da sua casa.... A sua consciência deve estar voltada para o bem comum, para o bem de todos. Exige o que é melhor para todos e não para ele. O egoísmo, o individualismo pode botar ele para frente e a comunidade para  trás. Deve dar sugestões aos candidatos, escutar as suas propostas, analisar se elas estão preocupadas com o bem comum e com o que é mais prioritário. Tem vereador que passa quatro anos na câmara e não apresenta um projeto de melhoria  da comunidade, a não ser em dar nomes às ruas, como se isto fosse assim tão importante diante das necessidades e misérias que a população vive no seu dia a dia.


Ser cidadão é participar de forma livre, consciente,  responsável e vigilante da campanha eleitoral que é o período para se conhecer aqueles que desejam o poder; é viver a verdadeira política, do contrário é fazer politicagem que é um modo sujo e desonesto de ganhar do povo o poder que é do povo. Não dê o seu poder a qualquer um. Você é muito importante nesse processo. Valorize-se!

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