O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou em vídeo divulgado nesta terça-feira que as instituições brasileiras estão "funcionando regularmente". A gravação foi feita para o evento organizado em Portugal por um instituto ligado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), em parceria com a Universidade de Lisboa.
Temer, que é advogado constitucionalista, fez a gravação depois de decidir, na última quinta-feira, cancelar sua participação no evento e intensificar as conversas sobre o encontro do Diretório Nacional do PMDB, nesta terça-feira, em que o partido deve sacramentar a decisão de romper com o governo da presidente Dilma Rousseff. O seminário vai reunir, entre os dias 29 e 31 deste mês, políticos da oposição e da base governista para discutir a Constituição no contexto das crises políticas e econômicas. Temer começa o vídeo lembrando que o Brasil já viveu a chamada democracia liberal, a democracia social e agora vivencia a democracia da eficiência.
Segundo o vice, na atual fase da democracia brasileira "as pessoas passaram a exigir a eficiência dos serviços públicos e dos serviços privados, passaram a exigir ética na política, um comportamento político adequado aos novos tempos e às novas realidades no Brasil". Em razão disso, o vice-presidente diz que é possível afirmar "com a maior tranquilidade" que "Legislativo, Executivo e Judiciário cumprem suas tarefas". "O Judiciário tem hoje uma presença muito forte, muito significativa e há de ser saudado por todos aqueles que se preocupam com o comportamento ético, político e administrativo", diz Temer. "O Legislativo, de igual maneira, tem exercido suas funções com muita tranquilidade."
O vice-presidente também defendeu, além do Estado de direito, que sobrevenha "o estado da paz". Temer aproveitou para comentar os atentados terroristas na Europa, mais recentemente em Bruxelas, dizendo que "hoje, mais do que nunca, o povo de todos os estados precisam de paz". "Por isso, eu quero solidarizar-me com as vítimas dos atentados que se verificaram em vários estados da Europa e de outras partes do planeta, porque isso desarmoniza as relações internas e internacionais. Minha solidariedade a esses povos vítimas dessas agressões incompatíveis com a ordem jurídica e incompatíveis com a boa política."
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