A Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) instaurou inquérito para tentar solucionar o misterioso desaparecimento de uma carga de cigarros avaliada em pouco mais de 600.000 reais. O caminhão de uma empresa terceirizada - prestadora de serviços da produtora de cigarros Souza Cruz - que transportava a mercadoria foi atacado por bandidos armados na noite de segunda-feira e foi localizado na manhã desta terça. O curioso é que o veículo estava dentro do pátio do 41º Batalhão de Polícia Militar (Irajá), mas já sem os pacotes de cigarro.
O ataque ocorreu por volta de 21h, na estrada entre Friburgo e Teresópolis, na Região Serrana do Estado. Bandidos armados com pistolas renderam o carro que fazia a escolta e obrigaram o motorista a entrar em um Honda Civic de cor cinza chumbo. Como o veículo possuía um equipamento de rastreamento acoplado (spy), ele registou alguns trechos da fuga dos criminosos. Por volta de meia noite ele passou pela região entre as favelas do Dique e da Ficap, na Zona Norte, e já às 2 horas da madrugada estacionou na Rua Embaú, na Pavuna. Foi ali que os PMs informaram ter encontrado o caminhão. O batalhão informou que o veículo foi encontrado por um oficial, já sem a mercadoria.
O problema é que quando o caminhão foi encontrado, nem a empresa de segurança, nem a delegacia especializada e nem o Pátio Legal (que cuida da recuperação de veículos roubados) foram comunicados. Por volta das 7h, o sistema de rastreamento registrou que o veículo estava dentro da Companhia Estadual de Abastecimento (Ceasa) e, em seguida, no pátio do 41º BPM.
Alertada pela empresa de segurança, a Polícia Ciivl acionou a Corregedoria da PM e ambos foram para a sede da unidade. Lá, encontraram o caminhão completamente revirado e sem as caixas de cigarro. "Vamos apurar as circunstâncias desde o momento em que o caminhão foi abordado pelos criminosos, até o instante em que ele foi recuperado. Precisamos entender o que aconteceu durante a madrugada. Mas, de fato, assim que eles encontraram o caminhão, deveriam ter comunicado aos órgãos competentes imediatamente, e não levado para dentro do batalhão", explicou o delegado Marcelo Martins, da Delegacia de Cargas.
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